Camada de Rede
Introdução
Funções
Estratégia
de conexão
Roteamento
Congestionamento
Interconexão de redes
Os tópicos a serem examinados
podem ser encontrados nos seguintes capítulos de livros:
Computer
Networks, Tanenbaum, cap. 5
Redes de
Computadores, Soares et alii, caps. 10 e 11
Outros bons livros de redes de
computadores, nos capítulos sobre camada de rede do
protocolo OSI
1. Introdução
A terceira camada do protocolo OSI é
também a última em que todas as máquinas da
sub-rede tomam parte. É na camada de rede que cada máquina
determina, finalmente, se a mensagem é de fato endereçada
a ela ou não.
Isso implica, na prática, no
desenvolvimento de atividades de endereçamento e roteamento,
para que os pacotes de dados possam chegar corretamente aos seus
destinos e de forma eficiente.
2. Funções
Como a função primária
da camada de rede é o tratamento de endereços, os
serviços por ela prestados à camada de transporte são:
Definição
de endereços
Definição
da estratégia de conexão
Definição
de rotas a serem seguidas pelos pacotes
Definição de técnicas
para tratamento de congestionamentos
Dessas características não
examinaremos aqui os detalhes de como se definem endereços (e
como eles são tratados), deixando esse item para ser discutido
dentro da camada de transporte, no contexto do protocolo TCP/IP. Nos
concentraremos portanto no tratamento de rotas, o que envolve os
itens 2 a 4.
3. Estratégia de Conexão
Como mencionado, a camada de
rede se preocupa essencialmente com atividades de endereçamento
e roteamento. Entretanto, uma condicionante bastante severa à
atividade de roteamento é a forma como se estabelecem conexões
entre as entidades que irão se comunicar. Essa conexão
diz respeito ao formato em que se define um caminho na rede, o que
pode ser feito de duas formas distintas:
Circuito
Virtual, em que o caminho é definido no estabelecimento
da conexão, não sendo mais alterado a partir daí.
Todos os pacotes seguem sempre a mesma rota, independentemente de
situações como perda de linha ou congestionamento. É
uma forma mais simples de se fazer o roteamento.
Datagrama, em que o caminho
é definido para cada pacote individualmente, que é denominado
datagrama. Aqui é possível buscar
sempre o melhor caminho para a transmissão. Entretanto isso cria um
custo computacional adicional, que nem sempre é desejável.
4. Roteamento
A transmissão de informações
entre duas máquinas apenas é possível se existir
uma ligação entre as mesmas. Se essas máquinas
fizerem parte da mesma sub-rede (domínio) não existe
maior preocupação em como se estabelecer tal conexão.
Para máquinas em sub-redes distintas, muitas vezes bem
distantes uma da outra, é preciso que se defina o caminho que
deve ser percorrido pelos pacotes transferidos entre cada máquina.
Ao processo de definição do caminho denominamos
roteamento, que é, na prática, uma das operações
mais caras no funcionamento de uma rede.
Existem diversas formas de se fazer o
roteamento, tais como:
Hot
potato
Flooding
Caminho
mínimo (Dijkstra, Bellman-Ford)
Por tabelas estáticas (ou
dinâmicas), etc.
5. Congestionamento
Um problema intrinsicamente associado ao
roteamento é o de tratamento de congestionamentos. A relação
entre os dois é bastante óbvia, pois um caminho é
mais ou menos eficiente dependendo de quantos pacotes estão
trafegando por ele num dado instante. É natural que quanto
mais pacotes trafegando, menor será a folga do canal e,
portanto, maior a possibilidade de redução na
velocidade do tráfego naquele ponto da rede.
Dentro da camada de rede se estabelecem,
portanto, serviços para o tratamento de congestionamentos, que
podem tanto se aproveitar dos algoritmos de roteamento, quanto ter
funcionamento dedicado e independente, como é o caso do
algoritmo de Leaky Bucket.
5. Interconexão de redes
Como a camada de redes é a
responsável pelo roteamento de pacotes entre as várias
sub-redes, cabe a ela hospedar os dispositivos que executarão
tal função. Esses dispositivos são denominados
roteadores (routers), possuindo um alto grau de
processamento e "inteligência". O funcionamento
estável e eficiente de uma rede depende, fundamentalmente, da
eficiência dos roteadores. A velocidade do tráfego, além
de restrições locais, depende das capacidades de
transferência dos roteadores, uma vez que todo o tráfego
entre duas redes quaisquer deve, obrigatoriamente, passar por um ou
mais desses dispositivos.
Apenas como lembrança, vale dizer
que enquanto um bridge se ocupa de apenas duas sub-redes,
sendo portanto capaz de transferir dados de uma para outra, um
roteador é capaz de identificar endereços de redes que
distam vários passos (conexões entre sub-redes) entre
si, estabelecendo rotas para se transferir pacotes entre uma e outra,
além de poder conectar simultaneamente diversas sub-redes.
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