Resumos dos capítulos :::

Camada Física

  1. Introdução

  2. Funções

  3. Suporte físico

  4. Codificação e modulação

Os tópicos a serem examinados podem ser encontrados nos seguintes capítulos de livros:

  1. Computer Networks, Tanenbaum, cap. 2

  2. Redes de Computadores, Soares et alii, caps. 3, 4, 6 e 9

  3. Outros bons livros de redes de computadores, nos capítulos sobre camada física do protocolo OSI

1. Introdução

Após a discussão sobre os problemas no gerenciamento de E/S para o dispositivo de rede, se torna interessante voltarmos ao estudo dos protocolos de redes envolvidos efetivamente com o envio e recebimento de sinais na rede.

Como já examinado, os protocolos de comunicação são estruturados em camadas. Começaremos nosso estudo pela camada física, que é aquela que trata diretamente das especificações de como as máquinas se conectam fisicamente para permitir a comunicação.

Devemos observar também que, apesar de seguirmos parcialmente o modelo RM-OSI, grande parte do que será visto neste e nos próximos capítulos é originado de outros protocolos, como os 802-xx para a camada de enlace ou TCP-IP para rede e transporte.

2. Funções

Como a função primária da camada física é o estabelecimento de regras para a ligação mecânica/elétrica entre máquinas, pode-se estabelecer um conjunto de serviços que a mesma deve prover à camada de rede. Esses serviços dependem, na prática, de características do ambiente físico em que se encontra a rede, as quais ficam, no momento, restritas a:

  1. Definição do suporte físico

  2. Definição de características eletromecânicas dos conectores

  3. Definição de técnicas de codificação

  4. Definição de técnicas de modulação

Dessas características não examinaremos aqui os detalhes eletromecânicos dos conectores (RJ-45, RS-232, RS-449, RS-422, etc.), uma vez que são dados tabelados e que não interferem na especificação conceitual de uma rede. As demais funções serão examinadas a seguir.

3. Suporte Físico

Suporte físico é, na realidade, o elemento no qual serão transmitidas as mensagens pela rede. Assim, os tipos de suporte físico disponíveis são o par trançado, o cabo coaxial, a fibra ótica, e o próprio ar. As diferentes capacidades de transmissão e de imunidade a ruídos diferenciam a aplicação de cada tipo de suporte. Outra restrição ao tipo de suporte está ligada ao tipo de topologia adotado, uma vez que nem sempre é conveniente usar um determinado tipo de cabeamento para determinados tipos de topologia.

Outros aspectos a serem considerados são o custo do cabeamento, sua flexibilidade e sua capacidade mecânica (resistência física). Esse conjunto de fatores é que determina, no final das contas, qual tipo de suporte físico será adotado, exceto em aplicações específicas, quando uma característica especial acaba sendo determinante sobre as demais.

Uma consequência importante da escolha por um dado tipo de suporte físico e da topologia usada é o mecanismo a ser adotado para o controle de acesso ao meio. Diferentes combinações de suporte e topologia demandam diferentes técnicas para definir quem pode transmitir a cada instante. Os protocolos IEEE 802-xx fazem exatamente a definição dessas técnicas para redes em barramento, anel, sem-fio, etc.

4. Codificação e modulação

A transmissão de informações entre duas máquinas envolve, na prática, o envio de sinais (elétricos, eletromagnéticos ou óticos) ao longo do suporte físico. Temos então ondas, que sofrem sempre alguma forma de atenuação por parte do meio em que estão sendo transmitidas. Essa atenuação é proporcional a dois fatores: a frequência do sinal e do seu espectro de potência.
A transmissão de sinais em banda básica, isto é, em frequência e valores exatamente iguais ao sinal a ser transmitido, é a forma mais simples de se transmitir um sinal. Esse modo, porém, apresenta forte atenuação em função de seu espectro de potência. Isso faz com que o sinal em banda básica não possa ser transmitido para distâncias maiores. Além disso, no sinal em banda básica podemos ter longas sequências de zeros ou uns, o que fatalmente faria as máquinas comunicantes perderem o sincronismo entre si.

Para corrigir o problema de perda de sincronismo e do espectro de potência ruim faz-se a codificação do sinal a ser transmitido. Existem vários códigos distintos que podem ser usados, como Manchester, Miller, Diferencial, etc. O interessante nesses códigos é que todos procuram provocar transições frequentes no sinal transmitido, mesmo que o valor do bit na infomação permaneça constante

Finalmente, a modulação do sinal corrige o problema de alcance em função da frequência do mesmo. A modulação faz com que os sinais transmitidos sejam de uma frequência maior (a portadora) e que o sinal modulado seja depois recebido pela máquina destinatária do sinal, que o demodularia para extrair o sinal real, num processo idêntico ao de transmissão de rádio ou televisão. Essa modulação pode ser feita classicamente em amplitude, em frequência ou ainda em fase, conhecidos pelas siglas ASK, FSK e PSK. Alternativas mais recentes de modulação para transmissão de dados envolvem técnicas de telefonia celular, como CDMA, GSM, etc.

 
 
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